quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Por agora, só hoje

horário apertado. madrugada dia cedo. as inquietações da semana:
contas, trauma de dentista, saudade dos amores. distâncias. 
e o sangue, insuficiente em carboidrato.
hora do almoço, novas (muitas) mensagens no telefone (maior companheiro das horas vazias). dia cheio. luz de sonho. pesadelo
hora do exagero: "mais batata, zero arroz, mais feijão, já saí mesmo da dieta. só mais aquela carninha com gordura e o pedaço de frango mais gorduroso da travessa, que é para dar aquele gosto de dia por inteiro." - sobremesa?  hesito. penso no êxito dos exercícios. julgo pequeno. sinto a ansiedade maior que a lembrança do êxito dos exercícios. a angústia de tudo é maior. só por hoje. conter o desejo, derrapar na soleira, sair do esquecimento. lembrar de esquecer o falso testemunho das amarguras. lembrar-me só das alegrias, dos feitos e dos abraços. por agora, só hoje.

5 comentários:

  1. Gisele que jeito mais amável de enfrentar o tema, que é espetado de todos os lados, mas nunca num olhar poético como você bem faz. Parabéns. Brasilino Neto

    ResponderExcluir
  2. Querido Brasilino, de certeza, é preciso o olhar delicado, também, para ler a intentada suavidade que apontaste! Obrigada pelo teu costumeiro olhar atento!! Tudo de bom!!

    ResponderExcluir
  3. Essa website é mais gostoso, delicioso, e terapêutica!

    ResponderExcluir